Tenho coligido diariamente os dados de casos de infeção e de mortes de países europeus:
a) Portugal;
b) “grandes infetados” europeus – Itália, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido;
c) situação intermédia na Europa – Suíça, Holanda, Suécia, Bélgica, Áustria;
d) número relativamente baixo de casos na Europa – Noruega, Dinamarca, Islândia, Finlândia, R. Checa, Grécia;
Também outros países, não europeus – China, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Irão, Estados Unidos, Austrália, Brasil, Canadá. Também, agora, os PALOP.
Utilizo os dados diários, sempre muito atualizados, da U. John Hopkins e, para Portugal, os dados completos da DGS.
As minhas folhas de cálculo estão automatizadas para calcular diariamente as variações das médias dos 7 dias anteriores (médias móveis, também ditas médias rolantes). Com estes dados, e sem uma correção estatística rigorosa, parece-me que:
A Áustria, a Itália, a Espanha e a Noruega estão claramente em fase descendente.
Em todos os outros países europeus, exceto o Reino Unjdo e a Suécia, e incluindo Portugal, as curvas estão estabilizadas em planalto e com tendência para declive. O RU está ainda em fase ascendente e a Suécia (o caso excecional quanto a medidas de distanciamento social), embora também a crescer, dá sinais de entrada lenta em planalto.
A China e a Coreia do Sul controlaram a epidemia e só têm um número muito reduzido de novos casos, provavelmente por importação.
Os países asiáticos que mantinham uma curva com pouca expansão (Japão e Singapura) tiveram recentemente uma grande progressão, ainda em subida rápida.
O Canadá mantém-se em planalto, notando-se já tendência para descida do número de novos casos.
Os EUA e o Brasil estão em fase de grande expansão. No caso dos EUA, há uma pequena descida nos últimos dois dias, insuficiente para se tirar conclusões.
O Irão e a Austrália têm uma curva semelhante à da Áustria: passaram por um planalto breve, estando já em clara descida.
Por razões que já expliquei, não tenho feito comparações do número de mortes e da sua variação.
É curioso notar que as regiõs europeias mais infectadas são aquelas que se situam no grande eixo industrial da Europa; são também aquelas onde se situam os grandes “hubs” plataformas giratórias de vôos (nomeadamente com a China). Parece fazer algum sentido.
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